Noites
Na noite aberta,
agarimoso e, por uma vez,
a toda a voz se estende
o canto dum desvario.
Sabedoria de esquecimentos e lembranças,
almofadas para arrolar
aqueles poemas anônimos.
Sem rotas
Ostentar o teu nome
em todas as esferas
embora não possa reclamar-te,
embora, como qualquer tarde,
as tuas rotas fiquem cobertas de areia,
pois não voltará a tua palavra milagre
e irão embora com o vento teus segredos
Cumplicidade
A este sonho falta-lhe cumplicidade
feitura perfeita,
asas dispostas.
Ainda lhe pesam medos
sombras de outrem
e mais alguma quimera.
A este sonho falta-lhe cumplicidade
sentido infinito
sentirmo-lo de nosso
como se fosse um filho
como se fosse possível.
Perpetua-te
Perpetua-te em mim
como calendário eterno,
como mundo,
como universo,
como vida e como morte
Na noite aberta,
agarimoso e, por uma vez,
a toda a voz se estende
o canto dum desvario.
Sabedoria de esquecimentos e lembranças,
almofadas para arrolar
aqueles poemas anônimos.
Sem rotas
Ostentar o teu nome
em todas as esferas
embora não possa reclamar-te,
embora, como qualquer tarde,
as tuas rotas fiquem cobertas de areia,
pois não voltará a tua palavra milagre
e irão embora com o vento teus segredos
Cumplicidade
A este sonho falta-lhe cumplicidade
feitura perfeita,
asas dispostas.
Ainda lhe pesam medos
sombras de outrem
e mais alguma quimera.
A este sonho falta-lhe cumplicidade
sentido infinito
sentirmo-lo de nosso
como se fosse um filho
como se fosse possível.
Perpetua-te
Perpetua-te em mim
como calendário eterno,
como mundo,
como universo,
como vida e como morte
© Texto: Genoveva Ponce
© Tradução: Xavier Frias-Conde