CELEBRAÇÃO
Mais do que a noite, o jorro de água a fender
as voltas da água escondida no esquecimento.
Ainda mais do que o jorro, celebração
para o amarelo luminoso e puro da sombra
do sol nos teus beiços: balança ou cantiga.
Quem desloca o peso do obscuro
para a canção nua?
QUANDO CALA A NOITE
Quando cala a noite
por detrás dos limites da tarde,
repousa e cala
para uma claridade voltar ao pé de mim.
Os ditados do vento que buliga
pelos portões e que se torna voz
e intimidade.
Tudo quanto se converte, conto-o por dentro dos olhos
A MELODIA DO VAZIO
Por debaixo do abismo cru do poente
a hipnose da queda
alonga a melodia do vazio.
Ambos deles atravessam a praia
até o quebra-mar. Perante eles, o mar
- a única marca do limite, o peso flutuante.
Trás eles, o sujo empurrão do mundo.
As rochas caminhadas.
Mais do que a noite, o jorro de água a fender
as voltas da água escondida no esquecimento.
Ainda mais do que o jorro, celebração
para o amarelo luminoso e puro da sombra
do sol nos teus beiços: balança ou cantiga.
Quem desloca o peso do obscuro
para a canção nua?
QUANDO CALA A NOITE
Quando cala a noite
por detrás dos limites da tarde,
repousa e cala
para uma claridade voltar ao pé de mim.
Os ditados do vento que buliga
pelos portões e que se torna voz
e intimidade.
Tudo quanto se converte, conto-o por dentro dos olhos
A MELODIA DO VAZIO
Por debaixo do abismo cru do poente
a hipnose da queda
alonga a melodia do vazio.
Ambos deles atravessam a praia
até o quebra-mar. Perante eles, o mar
- a única marca do limite, o peso flutuante.
Trás eles, o sujo empurrão do mundo.
As rochas caminhadas.
© Texto: Ricard Mirabete
© Tradução: Xavier Frias Conde