Fora soam
campãs nunca ouvidas.
É a música
toda tua para além
das muralhas suspendidas.
O serão ferve:
acolhe mãos prontas
ao sacrifício.
Depois da longa noite
vence lento o baldeiro.
O usual nicho
que aperta sempre os ossos
e as cinzas.
Cada vez há menos
espaço para morrer.
Como as gotas
na varanda deserta,
assim também tu
ligeira e pequena
quebras contra ele.
A tua voz
africana colhe-me
pela mão. Havia
tanto tempo que não sentia
a terra aquí a latejar.
Tenríssimo
este corpo pregado
ao desejo.
E ainda está ali
a 'te perguntar: até quando?
De arriba abaixo quitas
as calças, lenta,
con cerimónia.
Ficas despida debaixo
dos ossos crocantes.
campãs nunca ouvidas.
É a música
toda tua para além
das muralhas suspendidas.
* * *
O serão ferve:
acolhe mãos prontas
ao sacrifício.
Depois da longa noite
vence lento o baldeiro.
* * *
O usual nicho
que aperta sempre os ossos
e as cinzas.
Cada vez há menos
espaço para morrer.
* * *
Como as gotas
na varanda deserta,
assim também tu
ligeira e pequena
quebras contra ele.
* * *
A tua voz
africana colhe-me
pela mão. Havia
tanto tempo que não sentia
a terra aquí a latejar.
* * *
Tenríssimo
este corpo pregado
ao desejo.
E ainda está ali
a 'te perguntar: até quando?
* * *
De arriba abaixo quitas
as calças, lenta,
con cerimónia.
Ficas despida debaixo
dos ossos crocantes.
© Texto: Begonya Pozo
© Tradução: Xavier Frias Conde
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