Beijara-o tanto
que mesmo por lá lhe saíram as entranhas todas.
Deitada no pó da dor
pregou para o desejo enxugar.
Acabou de chorar
e arrancou uma após outra as pestanas
fez um longo fio
e coseu os lábios.
Diz-se que nunca mais
suplicou por amor
E uma cousa leva a outra...
Ele é de vidro,
ainda nem se sabe amado,
leu todos os gestos rítmicos,
fala do cortejo astral,
treme de estupor e
presente o seu final
Fragmentado no chão,
jaz feliz, agora ele é só desejo
e lembra.
Porquê é que assim dançavas não sei.
És o boceto dos meus afetos.
Apareces
e todos os meus versos são consoantes.
Mexes-te e a cultura perpetua-se.
Fazes amor com a reminiscência que sou.
Acordas
e voltas a ser un cadáver que à noite traz
o meu antídoto contra o esquecimento.
que mesmo por lá lhe saíram as entranhas todas.
Deitada no pó da dor
pregou para o desejo enxugar.
Acabou de chorar
e arrancou uma após outra as pestanas
fez um longo fio
e coseu os lábios.
Diz-se que nunca mais
suplicou por amor
* * *
E uma cousa leva a outra...
Ele é de vidro,
ainda nem se sabe amado,
leu todos os gestos rítmicos,
fala do cortejo astral,
treme de estupor e
presente o seu final
Fragmentado no chão,
jaz feliz, agora ele é só desejo
e lembra.
* * *
Porquê é que assim dançavas não sei.
És o boceto dos meus afetos.
Apareces
e todos os meus versos são consoantes.
Mexes-te e a cultura perpetua-se.
Fazes amor com a reminiscência que sou.
Acordas
e voltas a ser un cadáver que à noite traz
o meu antídoto contra o esquecimento.
© Texto: Carolina Muñoz Suancha
© Tradução: Xavier Frias-Conde